O
presente texto traz uma discussão da crítica das quatro gerações e das suas
lacunas sobre a teorização de novos paradigmas avaliativos, que os autores Guba
e Lincoln definiram de as quatros primeiras gerações da avaliação.
O
texto é dividido em duas etapas: a primeira visa reproduzir as quatro gerações
e a segunda apresenta conceitualmente o debate das possíveis lacunas existentes
e propõe construtos adequados que dêem conta das lacunas identificadas; segundo
Guba e Lincoln (1989, p. 21) a avaliação não apareceu de repente, mas sim de um
processo histórico de construção e reconstrução, reconhecendo as quatro
gerações distintas e seriadas, ou seja as gerações são complementares, não se
concluem.
O
termo “gerações” no decorrer do texto foi substituído por dimensões e
discutiram-se algumas lacunas que significa e indica uma sucessão de conceitos
independentes, e não necessariamente uma transformação conceitual, ou seja, o
termo “dimensões” da avaliação corresponde a elementos constitutivos da idéia
contemporânea de avaliação sendo reconhecidas aos poucos cada dimensões no seu
momento histórico.
Assim,
surge um novo conceito de avaliação, no qual avaliar é o diagnóstico para a
tomada de decisão. Esse novo conceito inclui todas as outras dimensões da
avaliação, a inclusão de um novo elemento conceitual permite pensar,
inicialmente em uma quinta dimensão que trata a avaliação como compromisso com
a sustentabilidade, na qual o avaliador é crítico em sua analise.
No
entanto, pode-se inferir que as primeiras dimensões da avaliação eram isoladas,
individuais, descontextualizadas, distantes, e só a partir da quarta dimensão
existe uma clara aproximação dos interessados.
A
quinta dimensão nasce com a séria e legítima preocupação de convencer
interessados de que apenas através da sustentabilidade é que a própria
avaliação torna-se possível.
Portanto,
avaliar historicamente posiciona-se como o meio de medir o mundo e também como
um meio de julgar o mundo, individual e coletivamente, no entanto no mundo
atual requer não apenas um resultado, uma diagnose, uma decisão, mas um
compromisso efetivo com seus resultados e que esses sejam sustentáveis.
Referência:
VIEIRA,
Marcos Antônio; TENÓRIO, Robinson Moreira. Lacunas Conceituais na Doutrina das
Quatro Gerações: Elementos Para Uma Teoria da Avaliação. In: TENÓRIO, Robinson
Moreira; LOPES, Uaçaí de Magalhães (org.). Avaliação e Gestão: Teorias e
Práticas. Salvador: EDUFBA, 2010. P. 53 -73.
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