quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Resumo: Lacunas Conceituais na Doutrina das Quatro Gerações: Elementos Para Uma Teoria da Avaliação


O presente texto traz uma discussão da crítica das quatro gerações e das suas lacunas sobre a teorização de novos paradigmas avaliativos, que os autores Guba e Lincoln definiram de as quatros primeiras gerações da avaliação.
O texto é dividido em duas etapas: a primeira visa reproduzir as quatro gerações e a segunda apresenta conceitualmente o debate das possíveis lacunas existentes e propõe construtos adequados que dêem conta das lacunas identificadas; segundo Guba e Lincoln (1989, p. 21) a avaliação não apareceu de repente, mas sim de um processo histórico de construção e reconstrução, reconhecendo as quatro gerações distintas e seriadas, ou seja as gerações são complementares, não se concluem.
O termo “gerações” no decorrer do texto foi substituído por dimensões e discutiram-se algumas lacunas que significa e indica uma sucessão de conceitos independentes, e não necessariamente uma transformação conceitual, ou seja, o termo “dimensões” da avaliação corresponde a elementos constitutivos da idéia contemporânea de avaliação sendo reconhecidas aos poucos cada dimensões no seu momento histórico.
Assim, surge um novo conceito de avaliação, no qual avaliar é o diagnóstico para a tomada de decisão. Esse novo conceito inclui todas as outras dimensões da avaliação, a inclusão de um novo elemento conceitual permite pensar, inicialmente em uma quinta dimensão que trata a avaliação como compromisso com a sustentabilidade, na qual o avaliador é crítico em sua analise.
No entanto, pode-se inferir que as primeiras dimensões da avaliação eram isoladas, individuais, descontextualizadas, distantes, e só a partir da quarta dimensão existe uma clara aproximação dos interessados.
A quinta dimensão nasce com a séria e legítima preocupação de convencer interessados de que apenas através da sustentabilidade é que a própria avaliação torna-se possível.
Portanto, avaliar historicamente posiciona-se como o meio de medir o mundo e também como um meio de julgar o mundo, individual e coletivamente, no entanto no mundo atual requer não apenas um resultado, uma diagnose, uma decisão, mas um compromisso efetivo com seus resultados e que esses sejam sustentáveis.

Referência:
VIEIRA, Marcos Antônio; TENÓRIO, Robinson Moreira. Lacunas Conceituais na Doutrina das Quatro Gerações: Elementos Para Uma Teoria da Avaliação. In: TENÓRIO, Robinson Moreira; LOPES, Uaçaí de Magalhães (org.). Avaliação e Gestão: Teorias e Práticas. Salvador: EDUFBA, 2010. P. 53 -73.

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